Por que concentrar os aspectos mais importantes de sua comunicação no Começo e no Final? O Neuromarketing explica…

Em mercados complexos, entender como os consumidores processam as suas mensagens de Marketing pode representar uma grande vantagem, afinal, imagine como seria se os consumidores notassem, com mais atenção e maior ênfase, suas propagandas em detrimento de seus concorrentes, já pensou como seria? Diante desta possibilidade, apresentamos argumentos que pode ajudá-lo a entender estes processos cognitivos e colocar em prática em suas ações do dia a dia.

Um das mais interessantes descobertas em Neuromarketing é que estamos condicionados a prestar atenção aos estímulos que são apresentados no início de sua história e no final. Destaco história porque, se você não desenvolver um adequado storytelling (se quiser saber um pouco mais em relação a esta importante estratégia de comunicação, me mande uma mensagem que o abordarei pelo viés do Neuromarketing), dificilmente conseguirá falar com o verdadeiro cérebro decisor, tornar sua mensagem mais fluente, e reduzir os famosos ruídos de comunicação tão presentes em nosso cotidiano. Quer ver como ocorre este processo?

Você já reparou que as propagandas de sucesso, ou ao menos aquelas que ficam guardadas em nossa memória sendo alvo de conversas na roda do cafezinho ou nos burburinhos nas mídias sociais são aquelas nas quais o produto ou a marca aparecem apenas no final? E, algumas são ainda mais eficazes, nas quais o produto é apenas um coadjuvante, sendo apresentada apenas para concluir o enredo, não como foco principal? Apenas para ilustrar, escolhi duas campanhas para exemplificar, as minhas duas preferidas. Uma delas foi reconhecida como a melhor propaganda do século XX, e a outra, para mim, é uma poesia. Você pode analisar outras, ou melhor, analise, porque pode ajudá-lo a entender melhor o Neuromarketing.

Reparou em qual momento que a marca da empresa é apresentada? Não é por acaso. Segundo evidências em Neuromarketing, nós somos programados para a escassez. Ainda mantemos resquícios de nossos antepassados nos quais os recursos existiam em pequenas quantidades, desta forma, tínhamos que usar processos que permitisse uma maior economia de recursos. É por isso que quando nos deparamos com uma oferta de amostra grátis, como por exemplo, pegue um bombom para experimentar, temos o hábito de pegar uns quatro ou cinco. Não é falta de educação, são hábitos enraizados e reflexo de nosso cérebro mais antigo que de forma automática pensa: é melhor garantir o “agora” – catar tudo em minha frente, porque…. vai que amanhã venha a faltar.

Esta busca por economia de recursos também ocorre em nossos processos cognitivos e no ato de prestar ou não atenção em uma mensagem, ou ao menos identificar os pontos mais importantes para concentrar a atenção e usar a energia cognitiva com maior precisão. Relegamos, em muitos momentos, nossas decisões para métodos cognitivos que envolvem o famoso piloto automático (atalhos para decisões), no qual usamos modelos já construídos em nossa percepção para não existir a necessidade de pensar em demasia, tomar decisões sem a necessidade de pensamentos complexos, e assim economizar recursos.

Nesta busca em economizar energia aprendemos no decorrer de nossa evolução que as partes mais importantes de uma história são evidenciadas no Início e no Final. Se eu perguntar para você como foi o filme que você assistiu ontem na Netflix com toda certeza se lembrará mais facilmente do começo e do final, porque? Para economizar energia e com o uso de modelos mentais já validados em anos e anos de evolução. Você ficará atento ao inicio do filme, no qual é apresentado o enredo, os personagens e a trama, depois irá relaxar no meio como uma forma de economizar energia para a segunda parte mais importante em sua percepção, o final.

Não é assim que ocorre? Tente lembrar do filme? Ou talvez da reunião que você participou na semana passada? Ou a conversa com os seus amigos no churrasco de final de semana? Uma piada? A mesma situação.

Este processo ocorrerá com a sua estratégia de Marketing, portanto, em sua propaganda enfatize estes dois momentos, o início, no qual você apresenta o personagem principal que não deve ser sua empresa, mas sim o seu consumidor com um problema evidente. E, ao final sua marca aparece e, principalmente, na resolução de um problema, no qual ela será um guia para ajudar os clientes a encontrar a melhor solução.

Note, a ênfase esta no início e no final da mensagem. Seu produto existe apenas para ajudar os clientes a resolver um problema pontual. Quem é a “estrela” da mensagem publicitária é o cliente, e não sua organização. Quais os pontos de destaque, o início com a apresentação do enredo, e o final que é apresentado sua marca como a solução para o problema.

Pense nestes processos, não apenas em sua propaganda, mas também em sua estratégia de venda (é uma história também), suas reuniões, entre outras formas de relacionamento com os seus clientes. Este é o Neuromarketing e como o entendimento do comportamento do consumidor pode ajudar em suas estratégias de Marketing.

Pense em Marketing, e use o Neuromarketing para potencializar sua conversa com o verdadeiro cérebro consumista…. e, atenção ao início e final de sua mensagem.

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