As empresas não entendem os consumidores… será?

Em minha jornada como Marketólogo, apaixonado por desvendar os mistérios do mercado, percebo algo intrigante: apesar do acesso sem precedentes às informações dos consumidores, muitas empresas ainda não conseguem compreender verdadeiramente seu público. Deixamos nossos dados em inúmeros aplicativos, mas a conexão genuína entre empresas e consumidores parece estar perdida.

Elas criam produtos que não conquistam os corações dos consumidores, campanhas publicitárias que deixam as pessoas perplexas e promoções em momentos totalmente inadequados. Algumas empresas ainda tentam vender cerveja para mulheres usando os mesmos apelos que funcionam com os homens, ignorando a diversidade de hábitos e preferências. Já presenciamos debates acalorados no mercado brasileiro devido a estratégias desajeitadas de algumas empresas e à resistência de grupos de consumidores.

Lembra-se da Pepsi tentando vender um refrigerante cola na cor transparente, alegando ser uma ‘não cola’? Percepção é a chave, e é um poderoso influenciador de comportamento. Empresas de creme dental tentando entrar no ramo alimentício, ou a BIC (sim, a fabricante das canetas que você está usando) lançando roupas íntimas, são casos emblemáticos de empresas que parecem não entender verdadeiramente os consumidores.

Às vezes, a confiança excessiva na força da marca leva a crer que basta criar um produto para que os consumidores se rendam, seguindo a lógica do filme ‘Campos dos Sonhos’ – construa e eles virão (se ainda não assistiu, recomendo!). Assim como no filme, onde a construção de um campo de beisebol no meio do nada atraiu jogadores apaixonados, a realidade nos mostra que a construção de produtos e estratégias de marketing exige uma compreensão profunda e autêntica dos consumidores.

Compreender os consumidores é um desafio complexo que vai além de dados superficiais. Não podemos basear nossos processos de compra apenas na visão do Homo Economicus, que busca a maximização racional dos ganhos. O consumidor é muito mais complexo do que isso.

Uma abordagem eficaz requer equipes interdisciplinares, incluindo Marketólogos, Economistas, Sociólogos, Antropólogos, Psicólogos, Biólogos e, mais recentemente, Cientistas de Dados, responsáveis por decifrar padrões de comportamento em ambientes digitais.

É nesse contexto que o Neuromarketing se destaca, contribuindo para reduzir os fracassos de produtos, desvendar as verdadeiras preferências dos consumidores e permitir que as empresas se conectem profundamente com suas audiências. Afinal, entender é o primeiro passo para conquistar os corações e mentes dos consumidores no mundo do Neuromarketing.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Open chat